O deputado socialista José Ávila considerou ser “fundamental” ouvir os pescadores, operadores de marítimo-turísticas e investigadores sobre a implementação das áreas marinhas protegidas, acusando o Governo dos Açores de não informar sobre os seus contornos.
O deputado da oposição, que falava após uma reunião do grupo parlamentar do PS com a Associação de Pescadores Graciosenses, realizada quarta-feira, referiu ter verificado que “não é verdade aquilo que o secretário regional do Mar e Pescas afirmou em comissão parlamentar, de que os pescadores estão informados dos contornos exatos das novas áreas marinhas protegidas”.
“É por isso que o PS considera fundamental que se torne a ouvir pescadores, operadores de marítimo-turísticas e investigadores nesta matéria”, disse José Ávila, citado em nota de imprensa.
O socialista recordou que, em sede de comissão parlamentar, o PS “propôs por duas vezes ouvir um conjunto alargado de entidades, uma vez que o Governo Regional alterou a sua proposta de ampliação das áreas marinhas protegidas para 30% (15% totalmente protegidas e interditas a qualquer atividade extrativa).
“Das duas vezes, a 05 e a 31 de julho, o PSD chumbou estas audições, satisfazendo-se apenas com a versão do Governo Regional e ignorando a forma como este diploma pode alterar profundamente a vida de muita gente”, referiu o parlamentar.
José Ávila reiterou que o PS está “a favor da implementação das áreas marinhas protegidas”, mas de forma concertada com as entidades do setor e não “da forma apressada e atabalhoada como este Governo PSD/CDS/PPM quer fazer as coisas”.
José Ávila, na sequência do encontro com os pescadores, afirmou ainda que o Governo Regional “não conseguiu ultrapassar os problemas que existiam relativamente à gestão do porto de pescas da Praia”, tendo “implementado um regulamento que não foi aquele que foi negociado com a Associação de Pescadores Graciosenses”.
“Se for preciso obra, é preciso obra. Se é preciso um novo regulamento, novas regras, criar novos horários ou algumas interdições, pois que seja. Agora, o Governo tem de ser claro e resolver o assunto de forma assertiva, e essa é (mais uma) área em que tem falhado, nos últimos quatro anos”, vincou o parlamentar do PS.