O Governo dos Açores congratulou-se hoje com a criação do grupo de trabalho para a substituição dos cabos submarinos interilhas e voltou a alertar para a importância de assegurar a conectividade digital no arquipélago.
Num comunicado, o vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima, elogia a decisão de criar o Grupo Projeto Anel Interilhas, que deve concluir os trabalhos em 31 de outubro, segundo o despacho publicado hoje em Diário da República.
“O Governo dos Açores fica igualmente satisfeito com o prazo estabelecido para as conclusões dos trabalhos deste grupo de projeto até 31 de outubro de 2024, o que assegura que este processo está a ser tratado com o cuidado e com a celeridade que merece”, afirmou Artur Lima, citado na nota de imprensa.
O número dois do Governo Regional lembrou que os atuais cabos “já ultrapassaram o seu período de vida”, sendo a substituição “fundamental para a coesão social e desenvolvimento económico na região”.
“É essencial manter a conectividade digital entre ilhas e das ilhas com o continente e, assim, garantir a continuidade do fluxo de dados, informação, acesso à Internet e comunicações, pelo que a substituição destes cabos é urgente”, reforçou.
O Governo da República criou um Grupo Projeto Anel Interilhas para iniciar a substituição dos cabos submarinos que ligam sete das nove ilhas dos Açores, o qual deve concluir os seus trabalhos em 31 de outubro, segundo despacho hoje publicado.
“É criado um grupo de projeto, designado ‘Grupo de Projeto Anel Interilhas’ (doravante, Grupo de Projeto), com a missão de proceder ao estudo e à análise da configuração técnica e financeira mais adequada para a substituição atempada dos cabos submarinos que asseguram as ligações de comunicações interilhas e que entraram ao serviço em 1998, prosseguindo”, lê-se no despacho n.º 9169/2024, publicado em Diário da República.
O Governo justifica a criação do grupo tendo em conta que “as comunicações eletrónicas entre sete das nove ilhas dos Açores são atualmente asseguradas por um sistema de cabos submarinos, o denominado anel interilhas, formado por ligações que entraram ao serviço em 1998”, sendo que as ilhas das Flores e Corvo são servidas por um cabo submarino mais recente que entrou ao serviço em 2014.
Além disso, “este sistema, na sua componente submarina e equipamentos associados, já atingiu a sua vida técnica máxima (25 anos), não sendo previsível, porquanto ineficiente, realizar investimentos adicionais na atualização desta infraestrutura e que importa prevenir a sua obsolescência e inerente risco acrescido de falha intempestiva, ultrapassado que está o seu período de vida útil”.
Ao longo dos últimos meses, o Governo dos Açores reiterou os avisos sobre a importância de proceder à substituição dos cabos submarinos interilhas.
Em 26 de julho, por exemplo, o líder do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, e a presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), Sandra Maximiano, alertaram para a necessidade de renovar os cabos submarinos, essenciais para a conectividade no arquipélago.