A Câmara Municipal de Vila Franca do Campo está a desenvolver uma campanha de escavações arqueológicas no Forte do Tagarete, também conhecido como Forte d’Areia e Forte do Baixio.
Os trabalhos, com duração de nove dias, procuram responder à principal questão, tantas vezes colocada, que tem a ver com a época de construção daquela que é a segunda maior fortificação da ilha de São Miguel, construída para defender os principais areais de desembarque em Vila Franca do Campo e o ancoradouro do ilhéu.
A escavação no interior da muralha está a decorrer dentro do prazo previsto e é através dela que a equipa, orientada pelos arqueólogos Diogo Teixeira Dias e Daniela Cabral, procura vestígios, como restos de objetos de cerâmica, moedas ou argamassas que, posteriormente analisados, possam revelar as respostas pretendidas.
O que resta do Forte do Tagarete na atualidade corresponde a 60% da estrutura original. Tem três guaritas e dez canhoneiras, uma das quais, a certa altura, foi transformada em latrina.
Ao longo dos anos, o forte foi desaparecendo, mas o Município de Vila Franca do Campo já está a resgatar a sua memória – uma forma de preservar a sua história e arquitetura.