O Governo dos Açores e a Santa Casa da Misericórdia da Horta vão acolher sete dos 14 idosos que estavam internados num lar particular que vai encerrar hoje na freguesia dos Cedros, na ilha do Faial, anunciou o executivo.

Este apoio visa dar uma resposta imediata aos utentes e às famílias faialenses que “não tinham conseguido encontrar uma solução perante este constrangimento”, refere o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) numa nota de imprensa.

O Governo dos Açores adianta que foi feita “uma avaliação” a todos os utentes do lar pelo Instituto da Segurança Social dos Açores e pela Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados, assumindo “o financiamento, a título de emergência social, da resposta imediata para um total de sete situações”.

Assim, cinco idosos serão acolhidos na Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e dois na Rede Regional de Cuidados Integrados Santa Casa da Misericórdia da Horta.

“Desta forma, quer os utentes quer as famílias faialenses que não tinham conseguido encontrar uma solução perante este constrangimento, veem assim ultrapassada toda esta situação”, refere no comunicado o Governo Regional, realçando que esta parceria permitiu minimizar as consequências imediatas do encerramento do lar.

Dos restantes idosos que estavam internados no lar HP, quatro foram acolhidos por familiares e três vão manter-se na instituição, a título particular, durante mais algum tempo, até que as famílias encontrem uma solução.

“O Governo Regional dos Açores reconhece a serenidade e resiliência com que as famílias participaram no esforço de resolução da situação e enaltece a disponibilidade e o empenho da Santa Casa da Misericórdia da Horta na criação desta solução”, adianta o executivo.

Esta manhã, nem a proprietária do lar, nem os funcionários (ao todo são oito que vão ficar desempregados), nem mesmo os idosos que ainda ali se encontravam quiseram falar aos jornalistas que se deslocaram ao local.

A consternação e a tristeza perante a situação a que o lar chegou eram, no entanto, notórias nos semblantes carregados e em algumas lágrimas.

A proprietária já tinha anunciado que iria encerrar o lar, depois de lhe terem sido recusados apoios públicos para manter a instituição a funcionar.

O Governo Regional disponibilizou-se para apoiar o funcionamento do lar, desde que passasse à condição de instituição particular de solidariedade social (IPSS), ou seja, sem fins lucrativos, opção que a proprietária recusou.

Por isso, o lar encerra hoje e o edifício, construído em 2015, deverá ser colocado à venda ou transformado em unidade de alojamento turístico.

 

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