O Chega/Açores defendeu hoje uma estratégia regional na Saúde para 50 anos e uma aposta na manutenção das infraestruturas hospitalares para evitar incidentes como aquele que atingiu o hospital de Ponta Delgada em maio.

Segundo um comunicado do partido, os parlamentares do Chega/Açores estiveram hoje reunidos com a administração do Hospital da Horta, na ilha do Faial, “a quem reforçaram a importância de se apostar na manutenção das infraestruturas de saúde existentes, bem como dos equipamentos hospitalares, para que não se repita o que se passou, em maio, no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada”, na ilha de São Miguel.

O hospital de Ponta Delgada foi atingido no dia 04 de maio por um incêndio que o deixou inoperacional, cujos prejuízos estão estimados em 24 milhões de euros, e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e do continente.

Hoje, no último dia das Jornadas Parlamentares do Chega/Açores na ilha do Faial, os deputados visitaram o hospital da cidade da Horta e reuniram-se com a presidente do Conselho de Administração, Teresa Ribeiro.

De acordo com a nota, Teresa Ribeiro indicou aos parlamentares que o Hospital da Horta vai ser alvo de uma intervenção no valor de 9 milhões de euros.

O partido salienta, no entanto, que as necessidades de investimento “já foram detetadas em 2003 e só agora, em 2024, vão avançar”.

“Acho que o Estado está a falhar constantemente. Não se pode detetar uma necessidade em 2003 e começar a fazer a obra em 2024”, referiu o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, citado no comunicado.

O deputado considera que “a Saúde não é uma despesa, é um investimento na qualidade de vida dos açorianos”, defendendo, assim, uma aposta na prevenção e na sua promoção, “para que os hospitais não fiquem sobrecarregados”.

Afirmando ser preciso uma estratégia para o setor da Saúde, José Pacheco defendeu no entanto que “uma estratégia não se faz para quatro anos”.

“Uma estratégia é para 50 anos, podendo ser ajustados em 10 ou 15 anos. Quando não há estratégia, não há cuidados de Saúde”.

O parlamentar lembrou ainda que o partido apresentou a proposta de criação do “Cheque Saúde”, “uma vez que o Serviço Regional de Saúde não consegue dar resposta em termos de consultas, exames ou tratamentos”, que foi aprovado na Assembleia Regional, mas ainda não foi implementado.

“Estamos à espera da implementação do ‘Cheque Saúde’, que iria libertar o Serviço Regional de Saúde de uma carga excessiva de listas de espera”, disse.

Para o líder parlamentar do Chega, é também essencial proporcionar aos açorianos “uma Saúde rápida, eficaz e de prevenção da doença”.

Na deslocação ao Hospital da Horta, os deputados visitaram a ala do edifício que está em obras e ficaram a par de outras necessidades como a remodelação da lavandaria, da cozinha e dos parques de estacionamento.

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