O presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, reivindicou hoje ao Governo da República mais agentes da PSP para “aumentar o sentimento de segurança da população que reside ou visita” o concelho.

Segundo uma nota da autarquia, Pedro Nascimento Cabral (PSD) considera que Ponta Delgada “é ainda uma cidade segura, mas defendeu que o reforço do número de agentes da PSP [Polícia de Segurança Pública] permitiria dissuadir, com maior eficiência, a prática de ilícitos criminais e aumentar o sentimento de segurança da população que reside ou visita o concelho”.

O autarca abordou hoje o assunto numa reunião com o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, José Manuel Leal (PSD), que, na terça-feira, em declarações à agência Lusa, manifestou preocupação face à insegurança na freguesia, devido a “constantes incidentes”, alegadamente provocados por pessoas em situação de sem-abrigo.

Em causa está, segundo José Manuel Leal, a ocupação ilegal de terrenos e habitações devolutas na freguesia, o que tem levado à ocorrência de incêndios que “colocam em causa a segurança dos moradores”, a par da “falta de salubridade” e situações de “tráfico de droga”.

Hoje, de acordo com o comunicado do município de Ponta Delgada, ambos os autarcas reconheceram “que é necessário” o Ministério da Administração Interna (MAI) reforçar o número de agentes da PSP e “investir na segurança do concelho de Ponta Delgada”.

“Desta reunião, ficou o compromisso de continuarmos a reivindicar junto do Governo da República e da senhora ministra da Administração Interna a transferência de mais agentes da PSP para reforçar o corpo policial da PSP de Ponta Delgada, à semelhança do que acontece, aliás, com os municípios de Lisboa e do Porto”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, citado na nota de imprensa.

O autarca social-democrata Pedro Nascimento Cabral lembrou que “cabe ao Estado a promoção da segurança no país, isto independentemente de a Câmara Municipal [de Ponta Delgada] estar a concluir um processo de formação de novos agentes da Polícia Municipal, para reforçar as ações de policiamento de proximidade”.

“Aumentamos, assim, em quase 60% o número de agentes deste departamento, convictos de que fazemos a nossa parte no que respeita à promoção da segurança na maior cidade dos Açores e em resposta às necessidades identificadas pelos nossos munícipes”, afirmou.

Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, José Manuel Leal, citado na mesma nota, disse que Ponta Delgada “deve exigir, cada vez mais, recursos humanos e materiais para as forças de segurança, sabendo perfeitamente que isso irá beneficiar todas as freguesias do concelho, em particular a de São Pedro”.

Ainda de acordo com a fonte, o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada “tem esperança que a relação com a atual ministra do MAI possa revelar-se mais profícua do que quando o Ministério era tutelado por José Luís Carneiro [no Governo liderado pelo PS], que não só ignorou os apelos do município quanto à necessidade de aumentar o número de polícias, como deixou pendente o dossier da instalação de um sistema de videovigilância no centro histórico de Ponta Delgada”.

As Câmaras Municipais de Ponta Delgada (Açores) e do Funchal (Madeira) enviaram este mês uma carta conjunta à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, “a solicitarem o agendamento de uma reunião com vista a apresentarem um novo modelo de funcionamento para a Polícia Municipal”, segundo a nota.

 

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