O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação anunciou hoje, em Santa Cruz da Graciosa, que o Governo Regional vai apoiar a Associação de Agricultores da Graciosa e a Adega e Cooperativa daquela ilha na elaboração de um caderno de especificações do qual consta a resenha histórica da produção e comercialização da meloa da Graciosa, a fim de candidatá-la à Comissão Europeia para uma qualificação comunitária de Denominação de Origem Protegida (DOP) ou de Indicação Geográfica Protegida (IGP).
“Sendo um produto geracional e secular, a famosa meloa da Graciosa é única pelas suas características, sendo já um produto certificado pela Marca Açores, pelo que o próximo passo só pode ser a candidatura deste produto único à Comissão Europeia para produto DOP ou IGP”, revelou.
António Ventura falava à margem de numa reunião com a Associação de Agricultores da Graciosa e durante uma visita à Adega e Cooperativa da ilha Graciosa, no âmbito da Visita Estatutária do Executivo açoriano àquela ilha, entidade responsável pela produção da meloa da Graciosa, justificando que esta candidatura faz sentido pelo facto da meloa da Graciosa “ser um produto que traz reconhecimento à ilha e aos seus produtores”.
Recorde-se que um produto DOP é designado quando a qualidade ou características desse produto se devem essencial ou exclusivamente ao meio geográfico específico, incluindo fatores naturais e humanos, cujas fases de produção têm lugar na área geográfica delimitada, enquanto que uma IGP é um nome geográfico ou equiparado que designa e identifica um produto originário desse local ou região, que possui uma determinada qualidade, reputação ou outras características que podem ser essencialmente atribuídas à sua origem geográfica e que em relação ao qual pelo menos uma das fases de produção tem lugar na área geográfica delimitada.
No âmbito da visita estatutária do Governo Regional à Graciosa, António Ventura visitou ainda a obra no caminho Rural dos Picheleiros, da responsabilidade do IROA, S.A. e com fiscalização a cargo do Serviço Florestal daquela ilha, onde pôde constar que a mesma está “a decorrer a bom ritmo”.
A empreitada consiste em 425 metros lineares de estrada, com drenagem, em betão, tendo sido adjudicada à empresa Vila Jardim, Lda. por cerca de 95 mil euros acrescidos de IVA, estando a sua finalização prevista para início do mês de setembro.