O Governo dos Açores pretende que o hospital modular comece a funcionar no mês de agosto, após ser instalado nos terrenos do Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, que ficou inoperacional devido a um incêndio.

“A nossa expectativa é, pois, que comecem a chegar contentores no final do mês de julho e que possamos ter a expectativa, que é uma preocupação e justa intenção de todos nós, de ter serviços a partir de agosto”, declarou o líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM)

José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas após visitar o Serviço de Atendimento Urgente (SAU), que entrou em funcionamento na segunda-feira no Centro de Saúde de Ponta Delgada, e a zona onde vai ser instalado o hospital modular, nos terrenos contíguos ao edifício do Hospital Divino Espírito Santo (HDES).

Quando questionado, o presidente do Governo Regional adiantou que a preparação do terreno para acolher a estrutura modular (na zona do heliporto do Hospital de Ponta Delgada) vai custar cerca de dois milhões de euros.

“No que diz respeito à terraplanagem, a expectativa é que isso possa rondar os dois milhões de euros para garantir a capacitação de receber os contentores e que, no mês de julho, estejam em condições de começar a ser instalados”, afirmou.

Bolieiro ressalvou, contudo, que ainda não existe um valor total para o investimento previsto na construção do hospital modular.

“No fim fazemos as contas porque isto não está feito em função de um orçamento. Está preparado, também com o compromisso do Governo da República, em função da capacitação. Não só a recuperação, como aproveitar essa oportunidade para reforçar as capacidades e tornar o HDES num hospital de referência do país”, reforçou.

O presidente do Governo dos Açores elogiou o trabalho dos profissionais da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel e do Centro de Saúde de Ponta Delgada e apelou aos utentes para se dirigirem ao SAU em caso de situações menos graves.

“As pessoas que queiram recorrer à urgência, para serem atendidos mais depressa, avaliem se a sua urgência é grave ou não. Se não for grave, recorram aos Serviços de Atendimento Urgente porque assim são tratados mais depressa”, realçou.

O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, que deflagrou no dia 04 de maio, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

Em 24 de maio, a administração do HDES considerou urgente implementar “soluções de retaguarda”, nomeadamente a instalação de um hospital modular na maior unidade de saúde dos Açores, que ficou inoperacional devido ao incêndio de 04 de maio.

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