O Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, salientou, na quarta-feira, a importância dos laços de amizade e cooperação com a autarquia de Vila do Porto, firmados há 40 anos entre as duas “Vilas Irmãs” além de recordar alguns episódios reveladores do espírito de cidadania, cooperação, intercâmbio e promoção de questões comuns e de manifestar, mais uma vez, forte interesse e toda a disponibilidade para o aprofundamento das relações.

São 40 anos da geminação entre Vila do Porto e Vila Franca do Campo, que para o autarca sofreram “um duro golpe com a falta do movimento marítimo entre as duas vilas”.

Ricardo Rodrigues falava na Sessão Solene de abertura dos Festejos do Feriado Municipal do São João da Vila, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, tendo como oradora convidada, Bárbara Chaves, Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto.

Na sua intervenção, a autarca de Santa Maria, relembrou alguns dos laços que contribuíram para a promoção da união das duas “vilas irmãs”, desde 1984, e revelou entusiasmo no reforço da cooperação entre Vila do Porto e Vila Franca do Campo, adiantando que há espaço para consolidar projetos e desenvolver novos desígnios.

Agradeceu o apoio técnico e transmissão de conhecimento da autarquia de Vila Franca do Campo à edilidade de Vila do Porto, em diversos projetos, dando, como exemplo, a recriação virtual do Forte de São João da Praia Formosa, a virtualização de peças de cerâmica em 3D e a criação do catálogo “Louças das Vilas”, com o objetivo de promover a olaria, enquanto elemento identitário que une as duas localidades e que foi “muito bem recebido aquando da edição deste ano da Bolsa de Turismo de Lisboa”.

“São estas sinergias que nos permitem ir mais longe e fortalecer aquilo que é nosso, que é comum e que não pode ser contado de forma isolada, sob pena de se perder a sua verdadeira essência”, afirmou.

Bárbara Chaves acredita na cerâmica e na olaria como produto turístico de experiência nos dois municípios, estratégia que passa por continuar o trabalho já desenvolvido e por uma aposta na promoção de workshops para profissionais do turismo, “para que se possa efetivar um produto turístico, estruturado, complementar, relativo à cerâmica e à olaria, em ambos os territórios, sem que se descure a importância do outro, sem que sejam concorrentes, mas sim complementares”.

“O desenvolvimento turístico tem de olhar para o território como um todo”, concretizou a autarca de Vila do Porto, frisando que é preciso “saber tirar partido das suas particularidades”, aproveitando, ainda, para salientar o que Santa Maria tem de bom para oferecer.

Na Sessão Solene, foram atribuídas distinções honoríficas, nomeadamente a Chave do Município a Bárbara Chaves e a Medalha de Ouro, a título póstumo, a António Cordeiro.

A distinção mais elevada da autarquia foi recebida por Gonçalo Cordeiro, seu filho, que ouviu do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca palavras sinceras, de orgulho e de reconhecimento ao Dr. António Cordeiro, o homem que afirmou ter sido o “médico de aldeia”, um médico sempre disponível.

O Município entregou ainda Diplomas de Mérito Municipal a ex-colaboradores da autarquia, Luísa Simas e José Braga, em relação aos quais, Ricardo Rodrigues fez questão de salientar as suas qualidades profissionais, lealdade e a dedicação à Câmara Municipal de Vila Franca, tendo prestado agradecimentos a ambos, em nome dos vila-franquenses, pelos bons serviços prestados.

Na Sessão Solene de abertura dos Festejos do Feriado Municipal do São João da Vila, participou o Diretor Regional da Juventude, Eládio Braga e a Presidente da Assembleia Municipal, Eugénia Leal, sendo a cerimónia pautada por momentos de saudável familiaridade e por um instante musical (Modinhas de São João), protagonizado por Rogério Medeiros.

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