O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe, defendeu hoje que o incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, nos Açores, foi um “desastre nacional”, apelando à solidariedade de todos para minimizar os danos.

“Este é um assunto nacional. É uma situação que deve ter a solidariedade de todas as instituições e a nível nacional. Embora afete mais diretamente os utentes deste hospital, é um problema nacional e todos nós devemos estar envolvidos na minimização dos danos causados”, afirmou Helder Mota Filipe, em declarações aos jornalistas, no Hospital de Ponta Delgada.

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos visitou hoje à tarde o HDES, que sofreu um incêndio em 04 de maio, deixando inoperacional aquela que é a maior unidade de saúde dos Açores.

“Foi um desastre nacional. Todos nós a nível nacional devemos estar envolvidos na minimização dos resultados deste acidente”, reforçou.

O bastonário elogiou, por outro lado, a resiliência que os profissionais de saúde demonstraram para “minimizar o impacto” da inoperacionalidade do HDES.

“Sei que tem havido um esforço de todos os colegas que, trabalhando em diferentes sítios porque tiveram de ser divididos por diferentes instituições, mantiveram a articulação e minimizaram os efeitos que os doentes possam sentir. Tem havido um esforço grande”, destacou.

Helder Mota Filipe adiantou ainda que, logo a seguir ao incêndio, a Ordem dos Farmacêuticos contactou os serviços do hospital “para se colocar à disposição para aquilo que for necessário”.

O HDES sofreu um incêndio no dia 04 de maio, que o deixou sem atividade e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para outras unidades de saúde dos Açores, da Madeira e do continente.

O incêndio na maior unidade de saúde do arquipélago deflagrou pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11.

O fogo, em investigação, terá tido origem num quadro elétrico, que, segundo a administração, tinha as vistorias em dia.

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) também já aprovou alterações ao contrato-programa com o Hospital Divino Espírito Santo para acomodar os prejuízos do incêndio, avaliados em 24 milhões de euros.

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