A Associação Agrícola de São Miguel (AASM) apelou hoje ao Governo dos Açores para fazer um levantamento dos prejuízos causados nas culturas, na sequência do mau tempo que se fez sentir na região na segunda-feira.

“As condições climatéricas adversas que têm ocorrido nos últimos dias, como as registadas ontem [segunda-feira], dia 03 de junho, principalmente no norte da ilha, têm provocado elevados prejuízos em diversas culturas, nomeadamente, na de milho, onde se registam perdas parciais e totais, nalgumas sementeiras”, refere a ASSM.

Em comunicado, a associação alerta para a necessidade de as entidades governamentais “realizarem um levantamento dos prejuízos verificados em culturas e infraestruturas de apoio à atividade agrícola”, que “tiveram como origem as condições climatéricas adversas que têm ocorrido na ilha de São Miguel”.

Na nota, a AASS pede que ainda que o levantamento seja feito de “forma rápida e célere e que as indemnizações aos agricultores apuradas, sejam pagas no mais curto espaço de tempo, ao contrário, das atribuídas no âmbito da depressão Óscar [que atingiu o arquipélago em junho de 2023], que ainda estão por regularizar”.

O organismo lamentou ainda que “continue a não existir um seguro de colheitas capaz de cobrir as necessidades do setor agrícola”, solicitando ao Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) e ao Governo da República (PSD/CDS-PP) que “sejam capazes de agilizar procedimentos, para que este instrumento de grande utilidade tenha a devida aplicação na região”.

Em declarações à Lusa hoje de manhã, o presidente da câmara da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio (PSD), disse que 20 famílias tiveram de ser realojadas no concelho, devido à forte chuva que se registou ao final da tarde de segunda-feira e que provocou também estragos em viaturas e estabelecimentos.

Segundo Alexandre Gaudêncio (PSD), a situação ocorreu “entre as 17:00 locais (18:00 em Lisboa) e as 17:45 locais” de segunda-feira e, “no total, foram registas 44 ocorrências”, muitas delas inundações em moradias, “algumas das quais não ofereciam condições para que os agregados familiares passassem a noite”.

O autarca disse também à Lusa que o “fenómeno atmosférico que se abateu sobre a costa sul da Ribeira Grande”, apelidado de “tromba de água”, provocou danos em viaturas, em concreto nas freguesias de Matriz e Riberinha.

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