Na mal apelidada Europa dos direitos humanos, da paz e da democracia, reprime-se e prende-se quem protesta contra o massacre de Israel sobre a Palestina. França e Alemanha, os mesmos países que determinam qual é a política da União Europeia, fornecem armas e apoio político a Israel.

Os direitos humanos afogaram-se no Mediterrâneo, com os migrantes em fuga. Quem se recorda daquela criança que deu à costa, sozinha, numa praia da Europa? Ou dos barcos cheios de gente que foge da fome, da pobreza ou da guerra? Vêm da Líbia, da Somália, do Iraque e do Íemen, onde a pobreza e os conflitos são promovidos com dinheiro, armas e exércitos dos países da União Europeia. Os mesmos que provocam os conflitos são quem fecha as portas! São os mesmos que querem aprofundar o militarismo e o federalismo, obrigar-nos a mais despesas militares e impor um exército europeu. O resultado será a perda ainda mais significativa da nossa já pobre soberania militar. A nós, só a Paz nos interessa! A guerra sempre serviu apenas para que alguns encham os bolsos à nossa custa e à custa da desgraça de quem vive nessas guerras!

É nesta União Europeia que governam forças de extrema direita, antidemocráticas, racistas ou mesmo abertamente fascistas, como na Hungria, Itália, Finlândia e Polónia. Ou que vemos o seu crescimento em todos os países. Estes não são apenas sinais dos tempos. Pelo contrário, são o resultado direto do aprofundamento dos problemas sociais, das desigualdades e da pobreza, consequências das políticas europeias.

Como disse o candidato da CDU, João Oliveira, “Há uma sã convivência da UE com a extrema-direita e da extrema-direita com a UE.” Veja-se o exemplo da Itália, em que a primeira ministra Meloni, confessa admiradora de Mussolini, subscreve e aplica o pacto europeu para as migrações. E, para lá dos discursos e das aparências, a extrema direita e a União Europeia estão de acordo no essencial: no favorecimento das grandes fortunas, em menos direitos para quem trabalha e na destruição dos serviços públicos.

Mas, na vida, não há inevitabilidades! Todos os grandes feitos pareceram impossíveis, antes de serem realizados. O 25 de Abril é o melhor exemplo. Por isso, afirmo: é possível construir uma União Europeia que seja verdadeiramente da Paz, dos Direitos Humanos e da Democracia! Comecemos já nestas eleições para o Parlamento Europeu, dando mais força a quem defende a Paz e melhores condições de vida, a quem defende Portugal na União Europeia, e não a quem defende a União Europeia em Portugal!

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