O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, prometeu hoje elaborar um “plano anual de manutenção” para as unidades de saúde e reiterou a intenção de fazer do “velho Hospital Divino Espírito Santo um hospital novo”.
“O que importa, já deveria ter acontecido, mas vamos fazer acontecer: elaborar um plano anual de manutenção para o Hospital Divino Espírito Santo, bem como para o Hospital de Santo Espírito na Terceira e [hospital da] Horta, e ainda para todas as unidades de saúde do Serviço Regional de Saúde”, declarou José Manuel Bolieiro.
O líder do governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) discursava na Assembleia Legislativa, na Horta, durante as intervenções finais do debate do Plano e Orçamento dos Açores para 2024.
O presidente do Governo dos Açores disse ser intenção do executivo “fazer diferente”, denunciando a herança deixada pelos anteriores executivos regionais do PS.
“Fazer diferente, para que o futuro não gere herança, como a que por nós foi recebida. Em vez de abandono e problemas, conservação e soluções”, reforçou.
José Manuel Bolieiro reiterou a intenção de promover uma requalificação no hospital de Ponta Delgada, onde deflagrou um incêndio em 04 de maio, para que a unidade, que ficou inoperacional, seja um “hospital novo”.
“A resposta ao incêndio que ocorreu no Hospital Divino Espírito Santo constitui-se como um grande desafio: fazer do velho Hospital Divino Espírito Santo um hospital novo, pensado como hospital de fim de linha, mas também para servir o futuro num quadro de complementaridades com outras unidades de saúde”, afirmou
O chefe do executivo açoriano defendeu também que o maior hospital dos Açores deve assumir “complementaridades” com centros de saúde e outros hospitais e com os setores social e privado.
“Esta visão confirma opções de investimento, já iniciadas, na construção e manutenção de unidades locais e centros de saúde bem como na recuperação, manutenção e investimento em hospitais, que agora serão expressivamente reforçadas por via da urgente renovação do Hospital Divino Espírito Santo”, garantiu.
José Manuel Bolieiro lembrou ainda o compromisso do Conselho de Ministros de “comparticipar em 85% os custos relacionados com a recuperação da atividade” do hospital e a aprovação de um decreto que “estabelece as medidas excecionais de contratação pública relacionadas com a situação de calamidade declarada”.
O Governo da República aprovou hoje um decreto-lei que estabelece “medidas excecionais de contratação pública, por ajuste direto”, na sequência do incêndio que atingiu o Hospital de Ponta Delgada, nos Açores, e deixou a unidade inoperacional.
Entretanto, na quarta-feira, a secretária regional da Saúde dos Açores, Mónica Seidi, revelou que a estimativa preliminar de custos para o HDES funcionar este ano é de 24,306 milhões de euros.
Está a decorrer durante esta semana a discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2024, estando as votações agendadas para sexta-feira, último dia do debate.
A proposta de Orçamento contempla um valor de 2.045,5 milhões de euros, semelhante ao apresentado em outubro de 2023 (2.036,7 milhões).
O PS, o BE e a coligação PSD/CDS-PP/PPM, em conjunto com o Chega, apresentaram propostas de alteração ao Plano e Orçamento para repor o normal funcionamento do hospital de Ponta Delgada.