Os utentes que fazem hemodiálise e foram transferidos para a Madeira regressam hoje ao Hospital de Ponta Delgada e os que se encontram no Faial e Terceira regressarão no domingo e na segunda-feira, anunciou o Governo dos Açores.

“Posso dizer que os resultados da contra-análise ao posto de água que abastece o serviço de Nefrologia do Hospital Divino Espírito Santo [HDES] ontem [terça-feira] recebidos estão dentro dos parâmetros da normalidade, pelo que, ainda hoje, com o apoio logístico da SATA, regressarão os doentes que estão na Madeira, seguindo-se, no próximo domingo e segunda-feira, os doentes que se encontram na ilha do Faial e na ilha Terceira”, disse a secretária regional da Saúde e Segurança Social dos Açores.

Mónica Seidi falava no parlamento regional, na Horta, ilha do Faial, no segundo dia do debate sobre o Plano e Orçamento do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para 2024.

Na terça-feira, a governante tinha dito aos jornalistas que o executivo estava a planear o regresso dos doentes da hemodiálise à região, tendo em conta o resultado da contra-análise à água que abastece a Nefrologia do HDES.

“Estávamos a aguardar esta contra-análise para que pudéssemos com segurança planear a retoma destes doentes. Esta contra-análise revela que os resultados estão bem”, afirmou Mónica Seidi, que ressalvou que agora pode-se “começar a retoma dos utentes que estão deslocados da região”.

O serviço de Nefrologia do HDES assegura o tratamento a cerca de 120 doentes de hemodiálise, sendo que, destes, 55 encontram-se na Madeira, 34 na ilha do Faial e 29 na Terceira, de acordo com a governante.

Em relação ao HDES, que ficou inoperacional devido ao incêndio do dia 04 de maio, a secretária regional disse hoje na sua intervenção que, no imediato, é necessário proceder à sua reparação “para que, mesmo com limitações, seja possível parte do seu funcionamento”.

Mónica Seidi avançou que a estimativa preliminar de custos para o Hospital do Divino Espírito Santo funcionar este ano é de 24,306 milhões de euros.

“Reitero que este é um valor preliminar, que diz respeito a despesas relacionadas com reparações e despesas de funcionamento”, sublinhou a titular da pasta da saúde na sua intervenção.

A governante disse ainda que não é “de descurar a possibilidade de se encontrarem soluções transitórias que permitam, o quanto antes, o regresso de valências que se encontram fora do perímetro do hospital, nomeadamente as áreas dedicadas à urgência que funcionam atualmente na CUF”.

O HDES, na ilha de São Miguel, sofreu um incêndio no dia 04 de maio, que o deixou sem atividade e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para outras unidades de saúde dos Açores, da Madeira e do continente.

O incêndio na maior unidade de saúde do arquipélago deflagrou pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11.

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