A secretária regional da Saúde dos Açores transmitiu hoje uma mensagem de segurança e tranquilidade aos açorianos e garantiu que, apesar do incêndio que atingiu o hospital de Ponta Delgada, os cuidados de saúde na região “estão assegurados”.

“É normal que seja necessário fazer uma reorganização [dos serviços], atendendo ao contexto em que vivemos, mas não está em causa a prestação de cuidados de saúde aos açorianos, e essa é uma mensagem de tranquilidade que eu gostaria de passar”, disse hoje Mónica Seidi aos jornalistas após uma visita ao Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, que acolhe doentes do hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que no dia 04 de maio foi afetado por um incêndio.

Os doentes da ilha de São Miguel que precisam de fazer hemodiálise foram transferidos para os hospitais de Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Horta (ilha do Faial) e Madeira.

Segundo a governante, o executivo regional da coligação PSD/CDS-PP/PPM tem a preocupação de “devolver estes doentes à sua ilha, à sua família, ao seu domicílio, ao seu hospital” com segurança.

“Estamos a falar de um tratamento específico, que requer que haja parâmetros analíticos que são avaliados em laboratórios na região e até, [que] em alguns casos, terão de ir para o exterior”, explicou.

O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada está a retomar gradualmente tratamentos oncológicos e consultas, mas o serviço de hemodiálise aguarda ainda por análises à água para voltar a fazer tratamentos.

Mónica Seidi relatou que após o incêndio, por uma questão de segurança, os tanques de água daquela unidade de saúde foram esvaziados e novamente cheios e os primeiros resultados das análises foram positivos.

Como referiu, agora é necessário fazer uma contra análise, para que exista “100% de confiança” e os doentes deslocados possam regressar “com segurança” ao maior hospital da ilha de São Miguel.

“Esperamos que ao longo da próxima semana possamos ter o resultado da contra análise e que se mantenha tudo dentro dos parâmetros da normalidade”, prosseguiu a titular da pasta da Saúde no arquipélago dos Açores.

Segundo Mónica Seidi, o regresso dos doentes de hemodiálise ao HDES será feito de forma gradual: “Não vão voltar os 120 [doentes] todos ao mesmo tempo. Será necessário fazer uma organização, talvez por grupos e, naturalmente, [esse regresso] terá em conta as indicações do próprio serviço de Nefrologia do HDES”.

O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que deflagrou no dia 04 de maio, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

 

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