O Chega/Açores questionou hoje o Governo Regional sobre as soluções para a estrada que liga Serreta a Raminho, na ilha Terceira, que está encerrada desde 14 de janeiro devido a uma derrocada ocorrida no âmbito da crise sísmica.
Num requerimento enviado ao executivo açoriano da coligação PSD/CDS-PP/PPM através do parlamento regional, o grupo parlamentar do Chega pergunta que projeto tem o Governo Regional para aquele local e solicita o relatório de avaliação de danos e das condições de segurança do local.
O partido também questiona se “foi estudada alguma situação provisória, nomeadamente a construção de um muro de suporte – com rocha disponível no local – para proteger a via pública de futuras derrocadas”.
“Não seria possível encontrar uma solução mais célere para aquela estrada, uma vez que tem causado demasiados transtornos a quem nela circulava diariamente? Quando irá o Governo Regional lançar o concurso para início da referida obra?”, são outras perguntas colocadas pelo Chega/Açores.
O partido quer ainda saber qual é a estimativa para o custo da obra e quando é que deverá estar concluída.
No requerimento enviado hoje à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, os parlamentares do Chega referem que o encerramento daquela via origina “grandes transtornos à população” devido ao “desvio de duas horas que tem de ser feito pelos autocarros que fazem o transporte público de estudantes da zona norte da ilha para as escolas”.
Também alertam que os meios de socorro, nomeadamente ambulâncias, não conseguem circular na via alternativa, uma situação “que já se arrasta há largos meses” e que está “sem fim à vista”.
Segundo uma nota de imprensa, os deputados do grupo parlamentar do Chega querem ver a situação resolvida o mais célere possível, para evitar “mais transtornos quer a residentes, quer a turistas”.
Os parlamentares recordam que relativamente a outros sismos ocorridos na região, “as pedras simplesmente foram removidas do local e a vida continuou”.
Considerando que nos Açores “não é possível anular o risco sísmico”, o deputado Francisco Lima, citado na nota, entende que a situação atual “é insuportável quer para os residentes do lado norte da Terceira, quer para a economia da ilha, em que o setor do turismo é particularmente afetado”.
No dia 17 de janeiro, o diretor regional das Obras Públicas revelou à agência Lusa que a estrada onde ocorreu a derrocada iria continuar encerrada até que seja encontrada uma solução para assegurar a estabilidade da encosta.
“Para já, a informação que conseguimos adiantar é que vamos manter a estrada fechada por questões de segurança. Ainda está muito instável e um bocadinho inseguro”, afirmou Pedro Azevedo.
Segundo o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), “logo após o abalo houve o registo de uma derrocada na estrada regional na freguesia do Raminho, que obstruiu a via”.