D.A.M.A., Pedro Mafama, Slow J e Delfins são alguns dos nomes do cartaz musical das festas Sanjoaninas, que decorrem de 21 a 30 de junho, em Angra do Heroísmo, nos Açores, revelou hoje o município.
“Não podendo ter os grandes nomes internacionais que todos gostaríamos de ver nas Sanjoaninas […], a verdade é que eu acho que é um cartaz que responde bem às características das Sanjoaninas”, afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Guido Teles, em conferência de imprensa.
Pelo palco principal das festas vão passar os ‘rappers’ Piruka e Slow J, as bandas D.A.MA. e Delfins, os cantores Pedro Mafama, Mickael Carreira e Blaya e a antiga banda da cantora britânica Amy Winehouse, que morreu em 2011, com outra vocalista.
Atuam ainda grupos locais e os ‘DJs’ nacionais Rusty, Zinco, Kevu, Menasso, Fifty, Quim Remisturas e Dupla Mete Cá Sets.
“Estamos a falar de nove noites de concertos, vários concertos por noite. É um cartaz que mesmo assim consegue contar com pelo menos um nome internacional […]. E temos vários dos nomes que estão no topo das preferências a nível nacional, tentando tocar nos gostos do público diversificado que marca as Sanjoaninas, com um foco maior nos artistas que agradam sobretudo à população mais jovens”, salientou Guido Teles.
Só no palco principal das festas, a autarquia investe cerca de 365 mil euros (mais IVA), um valor semelhante ao de 2023, estimando recuperar cerca de metade do valor na bilheteira.
Os ingressos semanais custam 30 euros e os bilhetes diários 15 euros, valor que se mantém sem alterações há cerca de uma década.
Segundo Guido Teles, o preço baixo dos bilhetes e o facto de o recinto ser limitado impedem o município de trazer nomes internacionais de grande dimensão.
“É completamente impossível com bilhetes a este preço fazer face a este investimento que é feito para os nove dias. São poucos os eventos desta dimensão, com estes nomes, que praticam preços tão baixos. Fazemos isto porque é uma festa popular, que queremos que todas as pessoas consigam aproveitar”, salientou.
Durante 10 dias, Angra do Heroísmo celebra o São João com cortejos, marchas populares, música, gastronomia, tauromaquia, desporto e exposições, entre outras atividades.
Há outros três palcos, de acesso gratuito, na cidade, e outras atividades, que fazem elevar o investimento da autarquia na organização das festas para cerca de um milhão de euros.
“Parecendo à partida um investimento elevado, a verdade é que o retorno destas festas é claramente superior. As Sanjoaninas já estão a um nível tal que nós no início de cada ano já temos dificuldades para encontrar espaços na ilha para as pessoas ficarem alojadas. Há um movimento económico que acaba por beneficiar toda a gente”, justificou o autarca.
Segundo Guido Teles, há uma procura crescente de grupos de fora da ilha que querem participar nas Sanjonainas, entre marchas, filarmónicas e grupo de folclore.
Na noite de São João, vão desfilar nas ruas da cidade 38 marchas populares e outras oito, incluindo quatro infantis, desfilam no dia seguinte.
Da ilha de São Miguel chegam cinco marchas, a que se juntam duas da Graciosa, uma do Faial, uma de São Jorge, uma do Pico e uma de Tulare, nos Estados Unidos da América.
“Feito este balanço, claramente as Sanjoaninas, embora envolvam um investimento grande, são mais do que justificadas, em termos de dinâmica económica que criam para a ilha e pela projeção que dão à ilha Terceira, porque já é um pouco difícil no nosso país alguém não ter ouvido falar das Sanjoaninas”, frisou.
As festas Sanjoaninas celebram, este ano, o 50.º aniversário do 25 de abril, tendo como tema “Angra: teu nome é Liberdade!”.