O Governo dos Açores esclareceu hoje que as duas câmaras hiperbáricas existentes nos Açores, nos hospitais da Horta e Ponta Delgada, foram adquiridas sem que tenham “sido acauteladas” as manutenções.
Numa resposta a um requerimento da bancada parlamentar socialista, através de uma nota de imprensa, o executivo refere que estas “foram adquiridas em 2012, sem que tenham sido acauteladas devidamente as respetivas manutenções e certificações anuais”.
O Governo Regional clarifica que, “em relação ao equipamento do Hospital da Horta, desde 2016 que a câmara hiperbárica se encontra praticamente sem manutenção e certificação anual”, sendo que “a avaria atual é irreversível e ocorreu a nível do sistema DECOMAT, em 26 de janeiro de 2024″.
O grupo parlamentar do PS/Açores questionou hoje o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) sobre para quando está prevista a substituição da câmara hiperbárica do Hospital do Divino Espírito Santo, que se encontra em fim de vida.
Em requerimento submetido à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, os deputados socialistas alertam para os “perigos inerentes à situação da inoperacionalidade das duas câmaras hiperbáricas dos Açores, localizadas na Horta e em Ponta Delgada, designadamente para as atividades relacionadas com o mergulho”.
O Governo Regional esclarece que, “relativamente ao equipamento do Hospital de Ponta Delgada, encontra-se fora do prazo de certificação e manutenção há mais de quatro anos”, tendo ocorrido “uma avaria no monitor de sinais vitais a 6 de dezembro de 2023, que implicou o envio do equipamento para a Alemanha, sendo reinstalado no início de fevereiro”.
O Governo dos Açores acrescenta que, “em meados de fevereiro, surgiu um alarme num componente que não foi possível reparar remotamente, por isso o representante em Portugal da marca deslocar-se-á ao local na próxima semana para a devida avaliação”.
Segundo o executivo açoriano, na proposta de Plano para 2024, a Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social “inscreveu uma nova ação ‘Medicina Hiperbárica’, com rubrica no valor de 541 mil euros, prevendo a elaboração de um contrato com a duração de cinco anos e garantindo, assim, atempadamente, as manutenções preventivas, salvaguardando eventuais manutenções corretivas e minimizando, deste modo, o risco de interrupção da atividade clínica”.
O executivo açoriano recorda que “as propostas de Plano e Orçamento para 2024 foram chumbadas, impossibilitando que o investimento avançasse”.