Ao sétimo dia de campanha e de visita à Ilha das Flores, os candidatos socialistas às legislativas do próximo dia 10 de março lamentaram a incapacidade do Governo Regional dos Açores em atender às necessidades dos Florentinos, que ainda sentem diariamente o impacto dos estragos causados pela passagem do Furacão Lorenzo, em outubro de 2019.

Perante a situação, que à partida exigia uma boa coordenação entre o Governo Regional e o Governo da República para mobilização de fundos de apoio, Francisco César lamenta a posição de agressividade assumida pelo governo de coligação PSD/CDS/PPM. Sublinha a recusa do Governo da República em entrar nesse tipo de diálogo, tomando, ao invés, a responsabilidade de se assegurar de que cumpria com o acordo, transferindo as verbas necessárias e ainda disponibilizando um acréscimo para além do que estava previsto.

O Partido Socialista garante que, se há um problema de limite de solidariedade, isso deve-se ao atual Governo Regional, que pediu que fosse fixado um limite de 198 milhões de euros, quando o que estava inicialmente assumido era 85% de cerca de 300 milhões de euros, que era o total dos prejuízos causados pelo Furacão Lorenzo. Francisco César sublinha ainda que, até à data, foram disponibilizados mais de 50 milhões de euros de transferências diretas do orçamento de Estado, para além dos 138 milhões de euros previstos de Fundos Comunitários.

Os socialistas lamentam que, apesar do empenho do Governo da República em resolver a situação rapidamente, não haja execução por parte do Governo Regional. Notam ainda que, entre o pouco que foi concluído, estão as obras que foram lançadas ainda pelo anterior governo socialista, nomeadamente a Ponte Cais e a proteção de emergências.

“Até ao final de 2023, apenas cerca de 33% da obra estava em concretização, o que quer dizer que este tempo todo que passou motivou que houvesse pouca obra mas muita conversa.”, condena Francisco César, concluindo que “a palavra do Governo da República foi honrada e cumprida e que se hoje não há mais obra na Ilha das Flores, isso deve-se tão e somente à ação do Governo Regional dos Açores, ou falta dela.”

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