O BE/Açores pediu hoje esclarecimentos sobre a intenção de criação de faixas de segurança na pista do aeroporto da Horta, na ilha do Faial, afirmando que reduz a sua dimensão e compromete as ligações com Lisboa.
O Bloco “exige esclarecimentos imediatos por parte da ANA, do Governo da República, do Governo Regional e da Câmara Municipal da Horta acerca das notícias não desmentidas que dão conta da criação das faixas de segurança no aeroporto da Horta na atual pista, reduzindo, na prática, a sua dimensão e comprometendo a operacionalidade nas viagens para Lisboa”.
Em nota de imprensa, o BE/Açores refere que, “numa altura em que se encontra a decorrer um concurso público para o projeto de ampliação do aeroporto, financiado pelo Governo da República e pelo Governo Regional, é incompreensível e inaceitável que, afinal, o investimento nesse projeto seja para deitar fora pela ANA”.
O Bloco cita o jornal Tribuna das Ilhas, referindo que se “pretende optar por incluir a criação das faixas de segurança na pista já existente”.
“A ANA, empresa concessionária dos aeroportos do país, privatizada pelo Governo da República do PSD/CDS, lucra milhões (300 milhões de euros só em 2022) e tem pelo menos a obrigação de manter e melhorar a operacionalidade do aeroporto da Horta”, afirma o Bloco.
De acordo com o BE/Açores, o Governo da República e o Governo Regional “não podem ser coniventes com esta situação e têm de rejeitar liminarmente a decisão da ANA”.
Em 27 de julho de 2023, o presidente da ANA – Aeroportos de Portugal afirmou que havia um projeto para se investir dezenas de milhões de euros na melhoria das condições dos aeroportos de Ponta Delgada e da Horta, nos Açores.
Na altura, e após uma reunião com a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, Thierry Ligonnière especificou que havia “um conjunto de melhorias” em perspetiva para “dar um maior conforto” nos aeroportos de Ponta Delgada (na ilha de São Miguel) e da Horta (na ilha do Faial).
Segundo o responsável, no caso do aeroporto da Horta, a intervenção seria de “vários milhões de euros” e incluía “o aumento parcial da pista” e o “rejuvenescimento do terminal”.