Longe de mim fazer juízos sobre o juízo de cada um. Mas irrita-me solenemente ouvir certos doutores da política que tomam os eleitores por gente destituída de inteligência e com pouca memória.
No frenesim das campanhas eleitorais dos próximos meses parece valer tudo, incluindo o desvio à verdade e a falta de pudor nos raciocínios.
Bem sabemos que os comícios e os congressos são lugares de exagero para elogios e farpas. Mas, já dizia o outro, o cro-magnon e o Weinstein são se distinguem pelo corpo.
Na antiga Feira de Lisboa, Carlos César disse que os Açores tiveram um modelo de governo “sem rei nem roque”. A sentença vale o que vale, mais ainda quando a governação socialista do dr. Costa, apesar da maioria absoluta, implodiu em 18 meses, com uma dúzia de demissões e exonerações ditadas por suspeitas de corrupção e má gestão. E nem vale a pena lembrar o caos que vai na saúde e os milhares de alunos que continuam sem professor, de Trás-os-Montes ao Algarve. A herança é grande.
Também Francisco se atirou ao Governo dos Açores. Não direi que são tiques de imitação, antes a desobriga de quem tem de provar não estar longe do dr. Cordeiro. Vai daí, o segundo membro da família César denunciou ao país que o governo do PSD/CDS/PPM fez um “corte de 40% nos beneficiários no Rendimento Social de Inserção (RSI)”. Pois é, menos gente a necessitar de subsídios, por ter mais rendimento e por haver mais rigor na gestão do dinheiro dos contribuintes. Uma coisa e outra nunca agradaram à trupe socialista. A mão estendida era mais obediente na hora de ir a votos. Passa.