O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) pretende continuar um “ciclo virtuoso” de mais emprego e desenvolvimento e menos dívida, disse hoje no parlamento açoriano o secretário Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública.
“Perante um ciclo vicioso que herdámos do PS de desemprego, dívida e pobreza, inaugurámos e queremos continuar um ciclo virtuoso de mais emprego, mais desenvolvimento e menos dívida”, disse hoje Duarte Freitas.
O governante falava no plenário do parlamento dos Açores, na Horta, no segundo dia da discussão do Plano e Orçamento da região para o próximo ano.
E prosseguiu: “Perante aqueles que puxam os Açores para baixo e que já puxaram na governação os Açores para baixo, apontámos que há um novo caminho, um novo paradigma e que é possível fazer diferente e fazer melhor e fazer os Açores crescerem”.
“É possível fazer voltar os nossos filhos às suas terras, é possível desenvolver cada uma das nossas ilhas, cada um dos nossos concelhos. É possível restaurar a esperança como nós restaurámos depois dos anos negros da governação de 2012 a 2020”, afirmou Duarte Freitas.
E rematou: “Estamos prontos, como sempre, e agora ainda mais, para colaborar, ouvir e construir, construir juntos, um futuro mais feliz para a nossa região”.
“Os Açores contam connosco. Saibamos estar à altura das nossas responsabilidades”, disse.
Na sua intervenção, o responsável referiu que “apoiar os mais necessitados, ajudar as famílias, reforçar a robustez da economia e aumentar o rendimento das açorianas e dos açorianos foram e são as prioridades da ação do Governo dos Açores”.
Depois de referir que o atual executivo não realizou tudo, nem cumpriu todas as ambições, considerou que fez “muito, com poucos meios e pouco tempo”.
“Por isso, senhoras e senhores deputados devemos estar orgulhosos da nossa terra. (…) Ainda assim, seria bom que alguma oposição deixasse de puxar os Açores para baixo e que todos nos orgulhássemos do que já atingimos”, disse.
Em relação ao Plano e Orçamento para 2024, referiu que os documentos “refletem a grande prioridade do governo da coligação, na execução de fundos comunitários”.
“A execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em 2024 e 2025 é um desígnio nacional. É também uma razão para o Orçamento do Estado ser aprovado, como para a aprovação do Orçamento Regional”, considerou Duarte Freitas.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões de euros, começou a ser debatido na segunda-feira no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, onde a votação na generalidade deverá acontecer na quarta-feira ou na quinta-feira.
O terceiro Orçamento da legislatura regional é o primeiro a ser votado após a Iniciativa Liberal (IL) e o deputado independente terem denunciado, em março, os acordos escritos que asseguravam a maioria parlamentar ao Governo dos Açores.
Antes do arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito pelo Chega).