O Governo dos Açores vai proceder a uma “ampliação significativa” da Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada, e reabilitar o Palácio da Fonte Bela, onde está situado o estabelecimento, revelou hoje o líder do executivo regional.

“Esta escola precisa de uma ampliação e vai ser feita uma ampliação significativa e de valorização e otimização do espaço disponível, bem como, numa perspetiva patrimonial, ter uma intervenção forte de conservação, preservação e valorização do património, o Palácio da Fonte Bela”, afirmou José Manuel Bolieiro.

O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava aos jornalistas após uma visita ao estabelecimento de ensino e de ter mantido um encontro de trabalho com o Conselho Executivo da escola da ilha de São Miguel.

A escola, cujo patrono é Antero de Quental, poeta e filósofo, nascido em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, tem atualmente 1.310 alunos, distribuídos por 80 turmas.

A Secundária Antero de Quental, fundada em 1852 como Liceu de Ponta Delgada, iniciou as suas atividades no Convento da Graça, sendo transferida para o Palácio da Fonte Bela em 1921 (mandado construir em 1830 pelo Barão da Fonte Bela – Jacinto Inácio Rodrigues da Silveira), onde se encontra atualmente.

O Palácio da Fonte Bela está classificado como Imóvel de Interesse Público.

Após a visita ao estabelecimento de ensino, onde estiveram também presentes as secretárias regionais com as tutelas da Educação, Sofia Ribeiro, e das Infraestruturas, Berta Cabral, o chefe do executivo açoriano explicou que a ampliação permitirá dotar o estabelecimento de ensino com “mais 30 a 40 salas”.

“Hoje projetamos sobretudo um pensamento para o médio prazo quanto à ampliação da escola”, realçou José Manuel Bolieiro, sublinhando que a Escola Secundária Antero de Quental é um estabelecimento de ensino “de referência no sistema educativo regional”.

O objetivo é, segundo indicou o presidente do Governo Regional, que a ampliação, prevista para norte, do lado poente, tenha o projeto definido em 2024 e os procedimentos de contratação pública definidos nesse mesmo ano, com o propósito de “conjugar a obra nova com a continuidade do ano letivo” e reabilitar, posteriormente, o espaço existente.

“Não estamos a fazer a obra em função da estimativa do valor, mas sim a projetar em função das necessidades e da qualificação de uma escola de referência”, sustentou José Manuel Bolieiro, acrescentando que, na atual legislatura, foram já investidos cerca de um milhão de euros na escola, na reabilitação de salas e equipamentos.

O presidente do Conselho Executivo da Antero de Quental sublinhou que “há muito” que o Palácio da Fonte Bela precisava de uma intervenção, um imóvel com “um acervo brutal” que “importa preservar”.

“O Palácio carecia de uma intervenção. A pressão sobre o edifício é muito grande”, reforçou Carlos Amaral, em declarações aos jornalistas.

O responsável destacou, ainda, a atenção do Governo Regional e do chefe do executivo açoriano “em consultar” a escola e “a hipótese” do estabelecimento de ensino opinar sobre o projeto de ampliação da escola.

Em fevereiro deste ano, alunos e pais da Escola Secundária Antero de Quental manifestaram-se contra “as condições degradantes” do estabelecimento de ensino situado no Palácio da Fonte Bela.

 

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