O Centro de Interpretação Ambiental das Furnas, anteriormente denominado Centro de Monitorização e Investigação e um dos principais geossítios dos Açores, recebeu cerca de 100 mil visitantes desde a inauguração, em 2011, anunciou hoje o secretário regional do Ambiente.

Alonso Miguel, que presidiu à inauguração oficial da nova exposição do centro, no concelho da Povoação, afirmou que a procura crescente “justifica, evidentemente, o aprimoramento dos conteúdos informativos oferecidos, com a criação de uma nova sala de exposição, tendo-se ainda optado por promover uma alteração na designação”.

Desde terça-feira, o espaço ganhou, por isso, a designação de Centro de Interpretação Ambiental das Furnas.

O responsável pela pasta do Ambiente, citado em nota de imprensa do Governo dos Açores, indicou que, “com esta remodelação, o centro passa a dispor de cinco salas com informação alusiva a esta área protegida, nomeadamente quanto à história e evolução do vulcão das Furnas”.

O foco dos conteúdos será na biodiversidade, na geodiversidade e no património natural e cultural, mas também na formação das ilhas, sobretudo a de São Miguel, e no Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas.

Alonso Miguel recordou que o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas foi criado “com o objetivo de divulgar as ações de recuperação ecológica desenvolvidas no âmbito do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, nomeadamente a requalificação das margens e a intervenção do Laboratório de Paisagem na proteção e recuperação de ecossistemas na Área de Paisagem Protegida”.

Pretendeu-se ainda divulgar a história e a evolução do vulcão local, um dos principais Geossítios do Açores Geoparque Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).

Para Alonso Miguel, os centros de interpretação ambiental dos Açores, geridos pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, “não são apenas um veículo fundamental para garantir uma crescente literacia ambiental das populações e de quem visita os Açores”.

“São também um excelente ativo turístico, elemento diferenciador, numa região reconhecida internacionalmente enquanto destino turístico de natureza e que foi o primeiro arquipélago do mundo certificado como Destino Turístico Sustentável pela EarthCheck, de acordo com os critérios do Global Sustainable Tourism Council”, afirmou.

O Centro de Interpretação Ambiental foi o vencedor do Premio Internazionale Architetture di Pietra 2011 – XII edizione e finalista do prémio SECIL em 2013. Foi capa da publicação espanhola El Croquis e alvo de destaque em alguns ‘websites’ de arquitetura.

Em 2016, ganhou o prémio Tour Operator of the Year for São Miguel na categoria Holiday & Tour Specialist Awards, da Luxury Guide Awards.

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