O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, considerou hoje que existe uma “ausência total” dos responsáveis do Comando Regional dos Açores nas diferentes esquadras do arquipélago, gerando desmotivação dos agentes.

“Aquilo que foi facilmente percetível é que há uma ausência total daquilo que é a cadeia de comando, concretamente dos responsáveis pela instituição PSP no Comando Regional dos Açores, que não têm uma presença assídua nas esquadras, não monitorizam, não acompanham, nem se deslocam para perceber a realidade”, afirmou Paulo Santos.

O presidente da ASPP/PSP falava à agência Lusa no final de uma visita de cinco dias às esquadras sediadas nas ilhas de Santa Maria, Pico, São Jorge e Graciosa, tendo a deslocação às Flores sido impossibilitada pelo mau tempo.

Paulo Santos considera que aquela postura “entristece o efetivo e há uma desmotivação muito grande face a este alheamento por quem dirige a instituição nos Açores”.

O sindicalista afirmou ser “preocupante ver polícias isolados numa esquadra e ter que a encerrar para ir a ocorrências policiais sozinhos”, bem como o “enfraquecimento das próprias condições de trabalho”.

Paulo Santos encontrou nos Açores, “face à insularidade, a escassez do efetivo com outro vigor”, tendo salvaguardado que os agentes da PSP queixam-se do “fraco apoio do sistema de saúde em caso de doença, porque há poucas convenções” na região.

O sindicalista apontou também que é o “próprio efetivo policial que está de serviço nas esquadras que tem que fazer reforço nos aeroportos, muitas vezes sem que tenham formação para cumprir os imperativos legais” que se aplicam.

 

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