Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Os jornais e as televisões nacionais estão repletos de reportagens sobre o caos instalado no Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal é o rodopio de encerramentos de urgências e maternidades por todo o país. E o pior está para vir, dizem, com a recusa dos médicos em realizarem mais do que as 150 horas extraordinárias previstas para todo o ano.

Em vez de serviços de atendimento permanente, as instalações hospitalares passaram a abrir de modo intermitente, ora aqui, ora ali, amanhã ou daqui a uns dias. Paira, portanto, a incerteza num serviço fulcral para as populações e até mesmo para a tranquilidade dos visitantes estrangeiros. E se antes era no interior profundo que os problemas se condensavam, hoje o encerramento de urgências e serviços hospitalares tornou-se rotineiro também e sobretudo nas grandes cidades. Não há por onde fugir.

Durante algum tempo a má gestão e a insuficiência de recursos humanos e financeiros no setor da saúde foram disfarçados com os efeitos da pandemia. Hoje, percebe que o SNS está sem remédio, moribundo, à beira do colapso. E a substituição de Marta Temido no ministério por outro camarada de carreira apenas abreviou o destino inevitável dos portugueses na saúde: comprar um seguro e rezar aos santinhos.

Estivessem os hospitais e centro de saúde dos Açores sujeitos a um terço destas maleitas e teríamos a vozaria do costume, reclamando por tudo o que é canto e exigindo o que não foi feito em 24 anos.

Um governo não-socialista faz toda a diferença, mesmo que certa nostalgia demencial se recuse a enxergar o que está à vista de todos.

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