A 3.ª edição dos Encontros Sonoros Atlânticos Francisco de Lacerda abre hoje em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, com o Quarteto de Lisboa e a soprano Bárbara Barradas.

O concerto, nos claustros do Mosteiro, é “feito à medida: uma primeira parte de música portuguesa para quarteto de cordas, que termina com uma genealogia da canção portuguesa, combinando Francisco de Lacerda com arranjos de Fausto, Janita Salomé e Amélia Muge”, segundo comunicado da organização.

Esta terceira edição, além de Lisboa, acontece nas ilhas açorianas de S. Jorge, S. Miguel e Terceira, e estreia um documentário sobre a vida e obra do compositor açoriano Francisco de Lacerda, que foi o primeiro bolseiro do Estado português, na modernidade, a ter prosseguido os estudos em Paris, em 1895, depois concluído o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional.

O documentário “Francisco de Lacerda na Fragueira ou em Paris”, realizado por Luís Porto, estreia-se na próxima segunda-feira, às 19:00, no Museu da Fundação Francisco Lacerda, na Calheta, na ilha de S. Jorge.

O documentário será também exibido, no dia 22, às 21:00, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo e, no dia 22, às 18:30, no Conservatório de Ponta Delgada.

“Nesta edição, e prosseguindo uma aposta determinada na música nacional, o ciclo Encontros Sonoros Atlânticos Francisco de Lacerda deu carta branca ao compositor Igor C. Silva, que apresenta uma nova instalação/performance multimédia, e encomendou transcrições de obras de Francisco de Lacerda ao pianista, compositor e orquestrador Filipe Raposo e ao compositor Sérgio Azevedo”, realçou o maestro Vasco Mendonça, programador artístico do ciclo.

No último dia dos Encontros Sonoros Atlânticos, está prevista a estreia da peça “Ecos de Trovas”, do compositor Luís Neto da Costa, que venceu o Prémio Compositor Francisco de Lacerda/Fundação Millenniumbcp deste ano.

A peça estreia-se no dia 30, às 19:00, na Biblioteca Nacional, em Lisboa, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção da maestrina Rita Castro Blanco.

Nos diferentes concertos dos encontros destacam-se as obras de Francisco Lacerda (1869–1934), referido pela organização como um “estímulo para a criação de novas peças musicais, em sintonia com os locais em que se apresentam”.

 

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