O Sporting de Braga ganhou hoje uma vantagem ‘magra’ no play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol ao vencer, em casa, o Panathinaikos, por 2-1, numa partida ‘desengatada’ na segunda parte.
Abel Ruiz (51 minutos) e Álvaro Djaló (73) fizeram os golos dos minhotos, mas Mancini, já nos descontos (90+5), reduziu para o Panathinaikos, impedindo um resultado que seria bem melhor para o Sporting de Braga.
A vitória justifica-se pela muito melhor segunda parte, antítese de uns primeiros 45 minutos pobres do Sporting de Braga, mas a equipa grega mostrou bons argumentos.
Ainda assim, a equipa de Artur Jorge parte para a segunda mão, em 29 de agosto, em Atenas, em vantagem para conseguir pela terceira vez na sua história, após 2010/11 e 2012/13, atingir a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Ambas as equipas apresentaram apenas uma alteração em relação ao último jogo respetivo.
No Sporting de Braga, Pizzi surgiu no lugar de Zalazar depois da vitória por 4-2, fora, sobre o Desportivo de Chaves, na segunda jornada da I Liga; no Panathinaikos, Palacios substituiu Verbic no ‘onze’ que começou o jogo com o Marselha, da segunda mão da terceira pré-eliminatória da ‘Champions’.
Artur Jorge disse na véspera que esta seria a eliminatória mais importante da história recente do Sporting de Braga e os seus jogadores parecem ter assumido o peso de tais palavras de forma negativa tal o ‘cinzentismo’ da primeira parte, sobretudo dos primeiros 35 minutos.
Talvez surpreendido pela forte entrada do Panathinaikos, que criou muito perigo logo aos 02 minutos, com um cabeceamento Magnússon, o Sporting de Braga adotou uma postura mais passiva e defensiva.
A forte pressão grega dificultava a ligação do jogo da equipa ‘arsenalista’ que, aos 16 minutos, viu o árbitro Felix Zwayer assinalar grande penalidade a seu favor por ter considerado falta de Vagiannidis sobre Bruma.
Contudo, alertado pelo VAR, o juiz alemão foi visionar as imagens e reverteu a decisão.
Aos 36 minutos, o Sporting de Braga sofreu um contratempo que se pensaria importante com a saída, por lesão, de Al Musrati, mas o seu substituto, André Horta, foi muito importante na melhoria da equipa na etapa final dos primeiros 45 minutos e na segunda parte.
Já no período de compensação, surgiu o lance mais perigoso dos minhotos neste período, e pelo médio português recém-entrado, mas o remate rasteiro, em arco, saiu ligeiramente ao lado e ainda foi cortado por um defesa da equipa grega (45+2).
O Sporting de Braga entrou muito melhor no segundo tempo e, logo aos 48 minutos, Abel Ruiz, bem servido por Marín, desviou subtilmente ao primeiro poste para grande defesa de Brignoli.
Três minutos depois, os bracarenses marcaram mesmo: Bruma fugiu pela esquerda e Ricardo Horta, com um toque quase ‘invisível’, serviu Abel Ruiz que, de zona frontal, rematou rasteiro e colocado (51).
Marín, de cabeça, após canto de Pizzi, atirou pouco por cima (62), mas no mesmo minuto, o Panathinaikos desperdiçou uma excelente ocasião para marcar.
Palacios fugiu a José Fonte pela esquerda e assistiu Sporar que, com a baliza à mercê, atirou por cima para desespero do treinador e companheiros de equipa. O internacional esloveno, que passou por Braga em 2020/21 emprestado pelo Sporting, saiu logo a seguir.
Artur Jorge lançou Álvaro Djaló no mesmo instante e, pouco depois, o extremo espanhol ‘fuzilou’ a baliza adversária, aproveitando o ‘adormecimento’ da defesa helénica após um rápido lançamento lateral cobrado por Abel Ruiz e que teve em seguida mais um contributo decisivo de Ricardo Horta (73).
O Panathinaikos perdeu o discernimento e foi o Sporting de Braga a estar mais perto de fazer o terceiro, como por Rony Lopes, obrigando Brignoli a boa intervenção (90+4), mas uma desatenção da defesa minhota já no quinto minuto de compensação permitiu a Mancini surgir na cara de Matheus e o extremo argentino não perdoou.