A secretária regional da Saúde dos Açores considerou hoje que a covid-19 têm de ser encarada com “normalidade e cautela”, recusando qualquer alarmismo social depois do alerta sobre o aumento da propagação e da transmissão da doença.

“Estamos a adotar as mesmas medidas do que a nível nacional e internacional, tendo no início de maio sido decretado pela Organização Mundial da Saúde o fim da pandemia”, afirmou a secretária regional da Saúde e Desporto, Mónica Seidi.

Hoje, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) classificou as linhagens recombinantes da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 como variantes de interesse, alertando para o aumento da propagação e da transmissão da covid-19 na Europa.

“O ECDC classificou todas as linhagens do tipo XBB.1.5 com a alteração adicional de aminoácidos F456L como variantes de interesse. Isto deve-se a um rápido aumento da proporção destas variantes atualmente em circulação, que podem ter propriedades de fuga imunitária em comparação com as variantes que estavam anteriormente em circulação”, indica a agência comunitária em nota de imprensa hoje divulgada.

Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, na Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel, Mónica Seidi recordou que “desde o início de 2023, com a suspensão do boletim informativo, os hospitais deixaram de reportar os casos à Direção Regional da Saúde”, havendo que “encarar com normalidade e cautela” a covid-19.

“Não queremos voltar para trás, criando qualquer tipo de alarmismo social, mas sim acompanhar [a situação] e, se houver alguma evolução diferente que nos obrigue a tomar medidas, os serviços estão plenamente mobilizados”, disse.

Ainda segundo a governante, entre a última semana de julho e primeira de agosto registaram-se 61 novos casos de covid-19 na região.

Dos novos casos, disse, 55 foram registados em São Miguel, a ilha mais populosa dos Açores, tendo os restantes casos sido registados nas ilhas de Santa Maria, Pico e Graciosa.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

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