Vila Nova do Corvo

A população do Corvo, onde residem mais de 400 habitantes, quase duplica em agosto por altura das festas da padroeira e de um festival de música, que enchem e “dão movimento” à economia da mais pequena ilha dos Açores.

“É a festa que mais forasteiros traz à ilha. A população tem um aumento significativo nestes dias. Os alojamentos já estão todos cheios”, afirmou hoje à agência Lusa Goreti Fraga, da comissão da festa religiosa em honra de Nossa Senhora dos Milagres, a padroeira da ilha, que decorre entre os dias 12 e 15 de agosto.

Este ano as festividades religiosas serão presididas pelo bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, que irá realizar os crismas na ilha do Corvo.

“A partir desta semana já se notam as pessoas a chegar. Isto é bom para tudo – para o comercio, restauração – e dá movimento à ilha”, sustentou Goreti Fraga, assinalando ainda que “não é todos os dias” que o Corvo tem a visita do bispo.

Integrando o cartaz da festa religiosa, a Associação de Juventude do Corvo promove o Festival dos Moinhos, evento musical com entrada gratuita, entre os dias 12 e 14, e que se iniciou em 2004.

Isabelly Cotias, Grupo de Chamarritas Roda Cheia do Faial, João Quintino e Karyna integram o cartaz.

Para o presidente da Câmara Municipal do Corvo, a festa da padroeira e o Festival dos Moinhos “são dois acontecimentos que se completam” e que permitem “uma afluência diferente” de visitantes à pequena.

“Quase que duplica sempre a população do Corvo”, referiu José Manuel Silva, acrescentando que os visitantes vêm principalmente da vizinha ilha das Flores e do continente, mas há também muitos corvinos residentes noutras ilhas que regressam por estes dias à sua terra.

A ilha tem uma residencial e um alojamento local e, segundo o presidente do único município do Corvo, “tudo o que é alojamento fica completamente esgotado” por altura destes eventos.

“Muitos visitantes ficam em casa de amigos e familiares, outros optam pelo parque de campismo, que fica também lotado”, contou José Manuel Silva, realçando que este ano o recinto está dotado de água quente, obtida com painéis solares, e iluminação.

O autarca assinalou que a ilha “ganha outras vivências – as pessoas reúnem-se, juntam-se, convivem e há reencontros”.

Na vertente religiosa, a procissão em honra da padroeira é o momento alto das celebrações, num percurso que percorre as ruas da vila, enfeitadas por um extenso tapete colorido de flores feito pela população. Realiza-se ainda uma missa.

“A 15 de agosto celebramos a festa da nossa padroeira. Na véspera, dia 14, realiza-se, à noite, a procissão de velas”, explicou Goreti Fraga.

A representante referiu que muitos vão à ilha pela parte religiosa, principalmente os emigrantes, mas há igualmente visitantes que chegam para assistir ao festival de música.

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