O deputado e líder do Chega/Açores, José Pacheco, reagiu hoje com “alguma satisfação” ao aparecimento de duas propostas ao concurso para privatização da Azores Airlines, apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio NewTour/MSAviation.

Em comunicado, José Pacheco, que esteve presente na abertura das propostas do concurso, refere que “vê com alguma satisfação que tenham aparecido duas” propostas.

Citado na nota de imprensa, o líder do Chega/Açores admite que esperava que o concurso “ficasse deserto” e, por isso, considera “positivo que tenham aparecido dois interessados”.

“Temos de resolver este grande elefante no meio da sala, que é a SATA Internacional, que tem custado largos milhões de euros aos açorianos”, afirma.

O concurso para a privatização da Azores Airlines recebeu duas propostas, apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio NewTour/MSAviation, que ofereceram 6,50 euros por cada ação da companhia responsável pelas ligações com o exterior dos Açores.

O anúncio foi realizado durante o ato público de abertura das propostas referentes ao concurso público internacional para a privatização da transportadora, que decorreu hoje na sede do Grupo SATA, em Ponta Delgada.

Segundo o presidente do júri, Augusto Mateus, a primeira proposta, do NewTour/MSAviation, foi apresentada hoje às 11:37 e pretende adquirir 760 mil ações, com um preço global de 4,940 milhões de euros (6,50 euros por cada ação).

Já a segunda proposta, do Atlantic Consortium, deu entrada às 11:43, com um preço total de 4,875 milhões de euros, oferecendo 6,50 euros por cada ação.

Face às semelhanças entre as duas propostas, o caderno de encargos prevê a realização de um novo ato público de forma a permitir aos concorrentes a alteração dos valores, segundo o presidente do júri.

O novo ato público deverá decorrer na “próxima semana”, conforme as “disponibilidades”, admitiu Augusto Mateus.

“Vamos ver o que acontece daqui para a frente”, salienta o deputado e líder do Chega/Açores, José Pacheco, na nota enviada às redações.

Em 07 de março, o executivo açoriano revelou que o caderno de encargos da privatização da Azores Airlines previa uma alienação de no mínimo 51% e, no máximo, 85% do capital social da companhia pública regional.

O concurso de privatização foi aberto nesse mês, com um período de 90 dias para a apresentação de propostas, até 20 de junho, mas o prazo foi prorrogado até 31 de julho, na sequência de “pedidos informais e formais” de possíveis interessados.

A Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo ‘remédios’ como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%) na Azores Airlines, a companhia do grupo SATA responsável pelas ligações com o exterior do arquipélago.

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