O Governo dos Açores vai recolher contributos dos jovens para elaborar o Plano Regional para a Literacia e Participação Democrática Jovem – DemocraciAZ, anunciou hoje o executivo açoriano.
Numa nota de imprensa, indica-se que a secretária regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, que falava na sessão de abertura do seminário “Democracia e Participação dos Jovens”, no Nonagon, na Lagoa, referiu que, em setembro, vai ter início a iniciativa “Jovens com Voz” para “recolher contributos, ideias e propostas” em cada uma das ilhas da região.
Citada em nota de imprensa, Maria João Carreiro referiu que a versão final do DemocraciAZ “só estará concluída após um alargado processo de auscultação, reflexão e participação dos jovens e sociedade civil”.
De acordo com a titular da pasta da Juventude, “este é um plano para ter impacto na vida dos jovens”, sendo “essencial mobilizá-los para a sua construção e atender às suas expectativas e ideias”.
Maria João Carreiro apontou que o projeto DemocraciAZ está estruturado em quatro eixos, designadamente literacia democrática; princípios e sistema eleitoral; ecossistema participativo e educação mediática, aos quais correspondem objetivos estratégicos.
A governante afirmou que “o desafio, agora, e até ao final deste ano, é materializar os eixos e objetivos estratégicos na definição de atividades e ações a desenvolver para que os jovens possam dar o melhor de si à região e os Açores também dar as melhores condições em termos de participação pública e política dos jovens”.
A secretária regional salvaguardou que o Observatório da Juventude dos Açores está a operacionalizar um estudo com jovens dos 12 aos 30 anos de idade de todas as ilhas para “recolher indicadores de participação pública e literacia democrática jovem para os considerar na definição das ações do plano regional”.
Prevê-se que a implementação do DemocraciAZ aconteça “ainda no primeiro trimestre do próximo ano e num horizonte temporal de três anos, ou seja, até 2026”.
Para Maria João Carreiro, o DemocraciAZ é a expressão do “inconformismo perante um quadro de francamente desafiante” numa região com elevados níveis de abstenção eleitoral, não obstante ter “todas as condições para ser um exemplo”.