A empresa Ocean Gates Expeditions, cujo submersível Titan se encontra desaparecido, tinha programada para maio de 2024 uma expedição turística nos Açores, para observar fontes hidrotermais, segundo o programa de expedições da empresa.

A expedição de três dias nos Açores previa mergulhos a bordo do submersível Titan, que desapareceu no Atlântico norte no domingo quando descia para uma visita aos destroços do Titanic, que se encontram a cerca de 3.800 metros de profundidade

A operação de busca e salvamento para encontrar e recuperar o submersível, que tem a bordo cinco pessoas, entrou hoje numa fase crítica porque as reservas de oxigénio estarão a esgotar-se.

Na promoção da viagem aos Açores, a empresa considera as “águas profundas do arquipélago verdadeiramente um dos melhores pontos de mergulho do mundo”.

A empresa destaca como atrativos do arquipélago a “variedade de corais de profundidade, uma das populações de baleias mais diversas do mundo, e as formas de vida bizarras que cercam as fontes hidrotermais”.

“Embora os Açores sejam populares entre os mergulhadores SCUBA (mergulho desportivo com escafandro autónomo) há décadas, explorar a área num mergulho profundo no submersível Titan da OceanGate abrirá uma nova era de exploração desta joia subaquática”, refere a empresa.

Os Açores têm vindo a assumir-se como um dos polos mundiais de investigação cientifica e de turismo cientifico pela riqueza dos seus ecossistemas marinhos, entre os quais se contam o campo de fumarolas hidrotermais “Lucky Strike”.

Em junho de 2018, uma expedição científica no mar dos Açores descobriu um campo hidrotermal novo, o primeiro através de meios exclusivamente portugueses e também o que fica a menos profundidade de todos os oito campos conhecidos nos Açores.

A Lusa tentou obter um comentário da Ocean Gates Expeditions sobre a expedição nos Açores, mas sem sucesso.

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