O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse hoje esperar que o desempenho “notável” da economia portuguesa se verifique, “cedo ou tarde”, no bolso dos portugueses, a propósito das declarações do Presidente da República (PR).

Quando questionado pelos jornalistas sobre o alerta de Marcelo Rebelo de Sousa, que no domingo disse que os números da economia ainda não chegaram ao bolso dos portugueses, o ministro destacou a evolução da economia portuguesa e a redução da inflação e dos preços da eletricidade e petróleo nos últimos meses.

“Penso que a conjugação destes fatores, cedo ou tarde, vai verificar-se também no bolso dos portugueses. É isso que espero com esta performance significativa que a nossa economia tem tido”, declarou.

Costa Silva falava em Ponta Delgada, nos Açores, onde participou no auto de consignação dos novos radares meteorológicos da região.

No domingo, o Presidente da República considerou, durante uma visita ao Banco Alimentar, que os cidadãos percebem que as suas contribuições “não são caridadezinha” e revelam-se solidários mesmo quando os números da economia ainda não chegaram ao bolso dos portugueses.

Perante os jornalistas, o Presidente da República procurou destacar o seguinte ponto: “Mesmo numa situação em que os grandes números são positivos, mas a vida do dia-a-dia ainda não é tão positiva como os grandes números, os portugueses fazem o esforço que estão a fazer em relação aos bancos alimentares”.

Hoje, o ministro reconheceu que o aumento do custo de vida continua a afetar as famílias, “sobretudo as mais vulneráveis”, mas destacou os indicadores económicos do país.

“O que o senhor Presidente da República mencionou é muito importante porque ainda temos o efeito da inflação e do custo de vida que afeta a vida dos portugueses, sobretudo das famílias mais vulneráveis. De qualquer maneira, a inflação em abril registou a sexta descida consecutiva”, vincou.

Costa Silva destacou ainda o crescimento de 13,3% das exportações no primeiro trimestre e lembrou que em 2022 as exportações atingiram 50% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Como ministro da Economia, acompanho muito o desempenho da economia portuguesa. Tem sido um desempenho que classifico de notável. O ano passado o PIB cresceu 6,7%, um dos maiores crescimentos da União Europeia”, reforçou.

Também no domingo, o Presidente da República considerou essencial uma reflexão sobre crédito à habitação em matéria de prazos, taxas e prestações, salientando as nefastas consequências sociais resultantes da subida dos juros e o atual período positivo da banca.

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