O grupo parlamentar do CDS-PP/Açores condenou hoje a Iniciativa Liberal (IL) por estar “refém da ideologia” em matéria de acesso a respostas sociais, ignorando “olimpicamente o interesse público” em “criar mais vagas em creche na ilha Graciosa”.
Na quinta-feira o deputado da IL nos Açores, Nuno Barata, alertou que “não está a ser garantida” na região a acessibilidade de “todos os cidadãos aos mesmos cuidados de ensino”, situação que está a contribuir para “desigualdades sociais”.
No âmbito de uma visita à Graciosa, o deputado referiu-se ao caso concreto daquela ilha, onde as crianças deixam de ter “acesso ao ensino privado e vão ser todas obrigadas a irem para o ensino público”, fruto de uma decisão “unilateral” do Governo açoriano.
Na reposta, o grupo parlamentar do CDS-PP no parlamento dos Açores afirma, em comunicado de imprensa, que “a IL foi à Graciosa cair num equívoco”.
“Não é verdade que foram transferidas crianças da creche ‘O Balão’, mas sim do jardim de infância. São respostas diferentes, uma de natureza social e outra de natureza educativa”, sustentam os deputados.
Para os deputados do CDS-PP/Açores, citados no mesmo comunicado de imprensa, “Nuno Barata recorre ao argumento tipicamente liberal da liberdade de escolha, mas ignora olimpicamente o interesse público e a boa gestão dos recursos e dinheiros públicos”.
O CDS-PP nos Açores defende ainda que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) “procurou encontrar soluções rápidas para satisfazer as necessidades das famílias”, na Graciosa, justificando que a ilha “tem uma única creche” com “uma lista de espera significativa para essa valência”.
Os deputados do CDS-PP nos Açores consideram ainda que a “IL, em nome do liberalismo e para recriar um facto político, prefere desconsiderar as famílias graciosenses que pretendem aceder a uma vaga em creche”.
“A IL tem sido muito pouco liberal em diversos dossiês. Prova disso é o voto que, aqui e ali, assume no Parlamento. Esta intervenção na Graciosa, que surge com um ano de atraso, é uma tentativa política do deputado Nuno Barata de se reconciliar com interesses da sua militância. Não passa disso”, sustentam.