O presidente do Marítimo deixou hoje duras críticas às equipas de arbitragem, após o desaire diante do Vitória de Guimarães, adiantando que “parece que o futebol português pretende que a I Liga não tenha equipas das regiões autónomas”.

“Entendemos que o direito ao erro toda a gente tem, mas quando os erros começam a ser sucessivos, e quando o critério de avaliação é diferente para o Marítimo do que é em relação às outras equipas, parece que o futebol português pretende que o campeonato não tenha equipas das regiões autónomas. E isso cada vez mais me convence que é um dos objetivos”, frisou , admitindo “lutar até ao fim para que isso não aconteça”.

Segundo o presidente do emblema madeirense, “há uma mão invisível” que não permite aos ‘verde rubros’ ultrapassar o Estoril Praia, que ocupa o 15.º lugar, com mais três pontos.

“O objetivo é empurrar-nos para baixo, juntamente com o Santa Clara. Pedimos respeito pelo Marítimo. Pedimos que as arbitragens e o VAR tenham os mesmos critérios para todos os clubes. Há aqui uma intenção clara de prejudicar algumas equipas e beneficiar outras. Claramente que essas outras são sempre as mesmas”, destacou, o líder maritimista, na conferência após o encontro da 30.ª jornada.

Rui Fontes adiantou ainda que o protesto chega após um longo período de silêncio, no qual o clube “adotou uma postura de pouca crítica em relação àquilo que se tem passado no futebol e em relação ao percurso no campeonato”, pois estão cientes dos erros cometidos e qual a razão da situação em que se encontram.

“A partir de certa altura, o Marítimo começou a crescer. Nota-se a equipa a jogar bem e a perder os jogos por situações que nos levam a duvidar porque é que estão a acontecer. Hoje, perdemos muitas oportunidades, não há dúvida, mas aconteceram factos aqui durante o jogo que merecem ser relatados”, afirmou.

Explicando que “já no tempo de compensação, o Geny Catamo é empurrado claramente pelo defesa do Vitória de Guimarães e não houve qualquer dúvida em relação ao lance, nem do árbitro, nem do VAR”.

O presidente insular lembrou ainda que no final do encontro os jogadores estavam “completamente destroçados por erros de arbitragem e do VAR”, sublinhando, que “isto não se faz a quem trabalha seriamente para que a sua equipa, o seu clube e a sua região permaneçam na I Liga”.

“Queremos que os critérios usados nas decisões sobre o Marítimo sejam iguais a qualquer outro clube a nível nacional e não queremos que nos empurrem para a segunda divisão, porque estamos há cerca de 40 anos na primeira e de tudo faremos para continuar”, concluiu.

O Marítimo mantém-se no 16.º posto, de acesso ao play-off de manutenção, com 22 pontos, após o desaire diante do Vitória de Guimarães, por 2-1, tendo os golos ficado a cargo de Tiago Silva (37 minutos), de grande penalidade, e André Silva (65), para os forasteiros, e de Geny Catamo (87), para os locais.

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