Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Toda a gente sabe do apetite socialista para dominar as estruturas do Estado, incluindo as empresas públicas, onde se acomodam serventuários camaradas, sempre diligentes na arte de cumprir desígnios partidários. A ingerência política na gestão da TAP não é, por isso, uma revelação da comissão parlamentar de inquérito. A novidade está, sim, na intensidade dos desmandos, na desfaçatez de quem tutela a companhia ou se arroga no direito a nela mandar.

Diz a sabedoria popular que brigando as comadres, logo descobrimos as verdades. É o que temos visto. Maquiavelicamente, as notícias vão caindo, uma atrás da outra, corroendo até ao tutano a credibilidade do dr. Costa. O arraial de gafes, abusos e arrogância deixa a trupe socialista em verdadeiro estado de insanidade, cada qual procurando salvar a face, empurrando a culpa para a ilharga, sem olhar a quem.

Como se de um grupinho de fedelhos se tratasse, ninguém sabia de nada e todos ditam sentença moral, quais virgens imaculadas.

E lá veio Carlos César acusar o ex-secretário de Estado Hugo Mendes de “conduta estúpida”. Há sempre um moralista de serviço nestes momentos…

A memória avivou-se-me com um episódio caseiro: a pernoita de um avião da SATA na Horta e consequente voo extraordinário, na madrugada seguinte, para transportar deputados socialistas da República, em junho de 2016. Nunca se soube quem obrigou a companhia açoriana a este singular ato de gestão e quanto isso custou ao contribuinte. O requerimento no Parlamento ficou sem resposta, como era timbre das maiorias absolutas.

Diria o povo: farinha do mesmo saco.

PUB