O novo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Nunes da Fonseca, prometeu hoje “fazer tudo” para fiscalizar o mar dos Açores, enquanto o presidente do Governo Regional pediu meios para a proteção das áreas marinhas.

“Obviamente que a Armada tem as missões bem definidas e bem escalonadas no terreno, de acordo com as suas capacidades. Vamos honrar este compromisso [de proteção do mar]. E vamos fazer tudo o que podemos para continuar a cumprir essa missão que é muito importante”, afirmou Nunes da Fonseca.

O general falava na sede da Presidência do Governo Regional, em Ponta Delgada, após uma audiência com o líder do executivo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro.

No início de fevereiro, o Governo da República propôs a nomeação do general Nunes da Fonseca como CEMGFA, com efeitos a partir do dia 01 de março de 2023.

Nunes da Fonseca lembrou que a proteção do mar é uma “responsabilidade inerente à atividade das Forças Armadas” e reiterou a “disponibilidade” para apoiar a região em missões de busca e salvamento e de proteção civil.

“Manifestei a disponibilidade das Forças Armadas para continuarem a servir no limite das suas capacidades, com racionalidade e equilíbrio, as populações da Região Autónoma dos Açores, cumprindo não apenas as missões militares, mas também outras missões importantes no arquipélago”, declarou.

O presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, elogiou a “ligação das Forças Armadas com o povo açoriano”, exemplificando com o auxílio no abastecimento à ilha das Flores durante o mês março ou no apoio à população da ilha de São Jorge durante a crise sismovulcânica em 2022.

Salientando a “importância estratégica dos Açores no contexto nacional”, Bolieiro alertou para a necessidade de meios para a proteção marinha.

“Perante os novos desafios, no que diz respeito às novas tecnologias e à proteção do nosso mar, das novas áreas de reserva marinha protegida ou mesmo da dimensão da nossa Zona Económica Exclusiva, há também essa expectativa de os meios, todos eles, seja ao nível do Exército, Marinha ou Força Aérea, poderem acompanhar a disponibilidade”, realçou.

Na segunda-feira, o presidente do Governo dos Açores anunciou a criação de uma comissão interdepartamental com o objetivo de emitir diretrizes políticas “fundamentais” que permitam liderar a fase final da rede de áreas marinhas protegidas do arquipélago.

O governante social-democrata garantiu que a região irá definir, até ao final do ano, a nova rede de áreas marinhas protegidas a criar no mar dos Açores, para que o executivo possa atingir a meta da União Europeia, de ter 30% do mar açoriano protegido, sendo 15% por cento totalmente interdito à extração.

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