O governo açoriano revelou hoje que a procura para a época festiva “está superior à do ano passado” e que a diminuição de voos da Ryanair causou “uma redução marginal” de 3,2% dos passageiros oriundos do continente.

Em resposta por escrito às perguntas da agência Lusa, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas adianta que, segundo a informação dos “principais operadores, o nível de reservas este ano está superior ao ano passado”.

Berta Cabral afirmou que já “estão previstos vários voos extraordinários nacionais e interilhas” para o período do Natal e fim do ano e destacou que a diminuição da operação de Ryanair durante o inverno provocou apenas uma “redução marginal” dos passageiros em novembro.

“Os dados de novembro apresentam uma redução marginal de apenas 3,2% entre os Açores e o continente português (3.800 passageiros), o que é francamente pouco face à redução da Ryanair. Significa que as outras companhias, Azores Airlines e TAP, tendem a ocupar o espaço deixado pela Ryanair”, avançou.

Neste inverno, está previsto um aumento de mais seis voos semanais entre os Açores e o continente e mais um voo entre a região e o Funchal, na Madeira.

Os Açores vão ter ainda um “aumento significativo” das ligações internacionais, com mais um voo para Boston (Estados Unidos), Toronto (Canadá) e Cabo Verde e mais dois voos para Nova Iorque (Estados Unidos) e Barcelona (Espanha).

A secretária regional do executivo PSD/CDS-PP/PPM realça que os Açores têm conseguido uma “diversificação dos mercados”, destacando o mercado nacional, que continua em “primeiro lugar”, apesar de estar a “reduzir um pouco por via da atual conjuntura muito adversa ao consumo”.

Quanto aos turistas estrangeiros, o “mercado alemão e o mercado dos Estados Unidos disputam a liderança neste momento”, seguidos de Espanha, França, Canadá e Reino Unido.

Bera Cabral lembra que o turismo de natureza é o “produto mais procurado” nos Açores, enfatizando a “grande procura” pelos trilhos pedestres e pela observação de cetáceos, bem como o crescimento do ‘canyoning’.

“Olhando para esta conjugação, temos de reconhecer a enorme qualidade do destino, que tem impacto nos mercados emissores que gostam de turismo de qualidade e diferenciado”, concluiu a governante.